sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Resenha Crítica do artigo cientifico sobre Linguística Aplicada

ALMEIDA, Doris Soares. Introdução à linguística aplicada e sua utilidade para as pesquisas em sala de aula de língua estrangeira. UFRJ, Rio de Janeiro, 2008.


RESENHA CRÍTICA
Pedro Fortunato1


Resultante do trabalho apresentado no I Simpósio de Estudos Filológicos e Linguísticos, promovido pela CIFEFIL e realizado na FFP (UFRJ), o artigo: Introdução à linguística aplicada e sua utilidade para as pesquisas em sala de aula de língua estrangeira, da Doutora Doris de Almeida Soares (UFRJ, PUC-RIO), se propõe a trazer ao leitor tanto um melhor entendimento do que vem a ser a linguística aplicada como também como esta disciplina tem sido utilizada atualmente para pesquisas relacionadas com o ensino da língua estrangeira. Almeida divide seu texto em duas partes, um panorama histórico da disciplina e um exemplo de questões para pesquisa em sala de aula de língua inglesa.
Em seu panorama histórico, a autora demonstra que a segunda guerra mundial foi o período que deu início ao que depois se tornou a linguística aplicada. Dado à importância de que os soldados americanos aprendessem a falar a língua dos lugares para onde seriam enviados, linguistas como Fries, Lado e Bloomfield criaram  um método de aprendizado de línguas, o método áudio-lingual. Assim, os soldados aplicariam tal método para aprender os idiomas necessários mais rapidamente.
Após o término da guerra, a linguística aplicada continuou seu desenvolvimento. Vários centros dedicados à disciplina surgindo nas décadas de 50 e 60. Em Washington D.C, surge o Centro de linguística aplicada. Na Escócia, Pit Corder funda o Departamento de Linguística Aplicada na Universidade de Edimburgo. Na França surge a Associação Internacional de Linguística Aplicada (AILA). Na década de 80 começa-se a busca pela interdisciplinaridade com a sociologia, lexicografia, educação e outras, pois a disciplina já era vista para além do campo do ensino de língua estrangeira.
A autora demonstra que a disciplina se fortaleceu no Brasil na década de 80 com a criação de mais programas em pós-graduação e associações destinadas à linguística aplicada. Almeida cita ainda dois programas brasileiros de pós-graduação em linguística aplicada, um na PUC-SP e outro na UFRJ.
Após o panorama histórico a autora aborda um exemplo de questões para pesquisa em sala de aula de língua inglesa. Um exemplo de uma área de estudos que cresceu muito nos Estados Unidos foi o ensino de redação acadêmica para alunos de fim de curso secundário e início de educação superior. A autora cita a obra de Grabe e Kaplan, “Theory and Practice of Writing: An Applied Linguistics Perspective” (1996) onde os autores, partindo de uma perspectiva da linguística aplicada, discutem as abordagens de ensino da escrita para fins profissionais. Almeida ainda faz um paralelo com a situação nas universidades brasileiras, onde muitos graduandos tem dificuldade na escrita tanto em português como em inglês.
Finalizando seu artigo, a autora afirma o desenvolvimento cada vez maior da linguística aplicada, apesar de suas poucas décadas de existência. E conclui que a disciplina tem muito a oferecer a todas as áreas de pesquisas interessadas na melhor compreensão de como o homem expressa sua identidade através do uso da linguagem.

A contribuição do artigo é inegável. Pois tanto introduz o leitor à linguística aplicada com uma metodologia de contextualização histórica, o que o ajuda a compreender melhor a disciplina, como também traz uma reflexão prática da disciplina em um dos seus mais importantes campos de atuação, que é o ensino de língua estrangeira. A leitura, portanto é recomendada tanto para estudantes iniciais da disciplina como para professores de língua estrangeira.


1 Pedro Fortunato é aluno do curso de Letras Língua Inglesa da UFAL.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Fichamento de conteúdo do artigo: Introdução à linguística aplicada e sua utilidade para as pesquisas em sala de aula de língua estrangeira.

Universidade Federal de Alagoas
Letras - Língua Inglesa
Organização do Trabalho Acadêmico
Professor: Alan Jardel
Aluno: Pedro Fortunato de Oliveira Neto
Tema Geral: Linguística Aplicada
Tema Específico: Introdução à linguística aplicada e sua utilidade em pesquisas para sala de aula
Fichamento de Conteúdo
Referência: ALMEIDA, Doris Soares. Introdução à linguística aplicada e sua utilidade para as pesquisas em sala de aula em língua estrangeira. UFRJ, 2008.

O artigo da professora doutora Doris Almeida Soares (UFRJ, PUC-Rio, EN) começa demonstrando como a linguística aplicada surgiu. Durante a década de 40, por causa da segunda guerra mundial, o governo dos Estados Unidos percebeu o quanto era importante que seus soldados aprendessem, de modo rápido, a falar a língua do pacífico e de outros lugares para onde seriam enviados. Portanto, linguistas como Fries, Lado e Bloomfield, utilizando dos conhecimentos que eles possuíam em linguística, antropologia, línguas indígenas norte americanas e, influenciados pelas recentes visões da psicologia comportamental, empirismo filosófico e positivismo, criaram um método de aprendizado de línguas, o método áudio-lingual. Esse método de ensino de idiomas promovia o aprendizado de estruturas gramaticais da língua alvo por meio de repetição e imitação, sem, porém muita reflexão das mesmas. Assim, a linguística aplicada surgiu nos Estados Unidos da necessidade de ensino de idiomas de forma rápida e prática.
A autora segue demonstrando como a linguística aplicada foi se desenvolvendo nos Estados Unidos e Europa no período do pós-guerra. Em 1957, em Washington D.C, surge o Centro de linguística aplicada. Fomentada pela Ford Foundation, com o objetivo de auxiliar o problema do ensino de línguas em países em desenvolvimento, como ex-colônias da França e Inglaterra. Em 1956 Pit Corder funda, na Escócia, o Departamento de Linguística Aplicada na Universidade de Edimburgo. Era preocupação do governo Britânico o treinamento de professores-treinadores para ensino do inglês em países em desenvolvimento e nos países da Commonwealth. Já na França, cidade de Nancy, surge, em 1964, a Associação Internacional de Linguística Aplicada (AILA). Um marco, pois se começou a discutir a linguística aplicada como uma ciência autônoma.
Em 1980 surge Kaplan. Até então a linguística aplicada era vista como uma mediadora entre a linguística a o ensino de línguas, porém na década de 80 ficou claro que muitos linguistas aplicados viam a ciência com um campo mais amplo. Nesse período começa a busca pela interdisciplinaridade com a sociologia, educação, fonoaudiologia, lexicografia e etc. Expande-se, portanto o âmbito de atuação da linguística aplicada para outras áreas além da educação, pois a linguagem permeia todos os setores de produção do conhecimento.
No fim da década de 80, com a visão sócio construtivista, a linguística aplicada pôde centrar-se na investigação dos problemas do uso da língua, sem, contudo se limitar à linguagem ou à linguística, pois os problemas de linguagem nunca são somente sobre linguagem. Há a adoção do paradigma interpretativista em vez do positivismo por grande parte dos linguistas aplicados, porém há uma coexistência de correntes diferentes dentro da linguística aplicada, com pesquisas tanto de tradição empírica, positivista, como qualitativa, interpretativista.
Após o resumo histórico da linguística aplicada nos Estados Unidos e Europa, a autora passa a focar a disciplina no Brasil. No Brasil a linguística aplicada ganhou força a partir dos anos 80 com a criação de um maior número de programas de pós-graduação na área e com a fundação de associações de professores de língua estrangeira como a criação do Projeto Nacional de Ensino de Inglês Instrumental pela PUC-SP, motivada pela necessidade de inglês dos professores que cursavam pós-graduação.
Em 1984 surge a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL), preocupada em alterar o quadro de baixo nível de ensino de língua estrangeira nas escolas brasileiras. E em 1990 Cria-se a Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB), filiada a (AILA), na UFPE, como consequência do aumento de interesse e compreensão teórica desta área de estudos no Brasil.
Almeida destaca lgumas áreas de interesse do linguista aplicado brasileiro tais como: Ensino de língua estrangeira, formação do docente em língua materna, bilinguismo na população indígena, aquisição de linguagem, alfabetização, letramento, relação entre linguagem e trabalho, pesquisas relacionadas às línguas indígenas e variantes menos privilegiadas socialmente.
            Após a breve explanação sobre a história da linguística aplicada no Brasil, a autora destaca dois programas de pós-graduação em linguística aplicada no Brasil, frisando, porém que existem vários outros espalhados pelo país, eles são: O “Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem (LAEL)” na PUC de São Paulo e o “Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar de Linguística Aplicada” da UFRJ.
            Após a descrição dos programas de pós-graduação em linguística aplicada da PUC de São Paulo e UFRJ a autora aborda um exemplo de questões para pesquisa em sala de aula de língua inglesa. Embora a linguística aplicada não esteja mais restrita apenas ao ensino de línguas, ela ainda é importantíssima dentro da área de educação. Um exemplo de uma área de estudos que cresceu muito nos Estados Unidos foi o ensino de redação acadêmica para alunos de fim de curso secundário e início de educação superior. Portanto, um dos focos de interesse da linguística aplicada na América do Norte é a falta de habilidade que os alunos demonstram ao escrever um texto acadêmico. A autora cita a obra de Grabe e Kaplan, “Theory and Practice of Writing: An Applied Linguistics Perspective” (1996) onde os autores, partindo de uma perspectiva da linguística aplicada, discutem as abordagens de ensino da escrita e Retórica Contrastiva, e escrita para fins profissionais. Almeida ainda faz um paralelo com a situação nas universidades brasileiras, onde muitos graduandos tem dificuldade na escrita tanto em português como em inglês.

Finalizando seu artigo, Almeida afirma o crescimento e desenvolvimento cada vez maior da linguística aplicada, apesar de suas poucas décadas de existência. E conclui que a linguística aplicada tem muito a oferecer a todas as áreas de pesquisas interessadas na melhor compreensão de como o homem constrói seu conhecimento linguístico e como ele expressa sua identidade através do uso da linguagem.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Justificativa à escolha do artigo: "INTRODUÇÃO À LINGÜÍSTICA APLICADA E SUA UTILIDADE PARA AS PESQUISAS EM SALA DE AULA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA" da Dra. Doris de Almeida Soares.


A escolha do artigo "Introdução à linguística aplicada e sua utilidade para as pesquisas em sala de aula de língua estrangeira" da Profa. Dra. Dóris de Almeida Soares se deu pelo fato de ser um artigo apenas de nível introdutório, portanto perfeito para meu atual conhecimento sobre essa disciplina, e que faz um esboço histórico desde a criação dessa ciência em 1940, durante a 2ª Guerra Mundial, até o seu desenvolvimento de apenas uma mediadora entre a linguística e o ensino de língua estrangeira até a ciência autônoma, ampla, e interdisciplinar que é hoje.
Outro fator que contribuiu para a minha escolha do artigo citado é o fato de ele estar postado no site: www.filologia.org.br pertencente ao Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos (CiFEFiL), recomendado pela minha professora de Teoria Linguística I, A Profa. Dra. Núbia Rabelo Bakker Faria (UFAL), e pela autora possuir o nível de doutorado em letras pela PUC-Rio, e também o mestrado específico em linguística aplicada pela UFRJ, o que me faz crer que ela possui bom conhecimento sobre o assunto, além da extensa lista de referências bibliográficas da autora citando vários nomes da linguística aplicada como Kaplan e Spillner.
O link do artigo se encontra postado no seguinte endereço:

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Apresentação resumida do Capítulo 1 do Manual de Produção de Textos Acadêmicos e Científicos, da autora Ada Magaly Matias Brasileiro

No primeiro capítulo, “As convenções do Mundo Acadêmico”, a autora Ada Magaly Matias Brasileiro, faz uma exposição concisa e informativa sobre os principais termos e protocolos próprios ao mundo acadêmico, o que permite ao universitário recém-chegado se familiarizar com vários termos importantes para a vida acadêmica.
O primeiro ponto abordado pela autora é a pesquisa acadêmica e sua atual relação com a pesquisa feita na internet. Matias demonstra princípios pelos quais o graduando pode escolher melhor os sites a serem pesquisados informando os critérios para a pesquisa acadêmica e os termos booleanos para busca na internet.
Após demonstrar princípios para uma boa pesquisa acadêmica na internet, Matias aborda a linguagem acadêmico-cientifica. Demonstrando que objetividade, uso da variante culta da língua, precisão, clareza, imparcialidade, coesão e coerência, são qualidades básicas que o texto acadêmico-cientifico deve possuir. A autora ainda explica o uso de expressões latinas no texto acadêmico-cientifico e provê uma explicação sobre as terminologias definidas pela ABNT.
Terminada as explicações sobre a linguagem acadêmico-cientifica, a autora focaliza os eventos acadêmico-científicos, demonstrando a importância de cada um deles e de quão importante é ao graduando o participar deles, pois eventualmente participarão deles de alguma forma. Assembleia, ciclo de palestras, colóquio, debate, feira e fórum, são apenas alguns dos vários eventos acadêmicos explicados pela autora.
Os títulos, cursos e distinções acadêmicas são outros aspectos do contexto acadêmico que a autora explica de forma breve e clara. O que é Especialista, Mestre, Doutor, Ph.D., Professor Emérito entre outros títulos e cursos são bem explicados pela autora, que além de explicar o que é cada um deles, ainda traz algumas interessantes curiosidades como: “médicos e advogados são doutores?” e a livre docência no Brasil.
Para finalizar, Matias explica o que é a ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, e sua relação com o trabalho cientifico, finalizando com uma tabela demonstrando as normas de uso mais recorrentes na elaboração dos trabalhos acadêmico-cientifico, como a norma NBR número 6029, que tem como objeto os elementos que constituem livros e folhetos e a norma NBR número 10520, referente às citações em documentos.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013